A fixação de estruturas para painéis fotovoltaicos

Abdel Junior explica quais são os tipos de estruturas para painéis solares mais comuns e os cuidados ao realizar a fixação


Quando falamos da instalação de um sistema fotovoltaico, não podemos esquecer de atentar a uma parte crucial do processo: a fixação de estruturas para painéis solares. Se o integrador não se atentar a isso, existem riscos de acidentes, como desabamento do telhado ou perda dos módulos em caso de ventanias. 

Por isso, é necessário entender quais são os tipos de estruturas disponíveis no mercado, como fixá-las corretamente, quais os cuidados a serem tomados, etc. Saber disso evita grandes erros e garante uma instalação segura ao cliente final.

Abdel Junior Janene, diretor comercial da Pratyc, deu algumas dicas para o Blog da SolarZ sobre o assunto. Ele explicou sobre os principais pontos referentes à fixação de estruturas para painéis solares. Confira:

Os tipos de estruturas para painéis Solares

Abdel Junior afirma que as estruturas de painéis mais comuns no mercado e mais comercializadas pela Pratyc são para telhas do tipo: fibromadeira, fibrometálica, colonial (de barro), trapezoidal mini trilho. Também tem a estrutura voltada para o solo, que se trata de grandes projetos e representam 40% das vendas da Pratyc (a maior parte).

Existem as estruturas para telhado do tipo kalheta, que geralmente as distribuidoras não oferecem a pronta entrega. Sendo assim, muitos integradores procuram comprar diretamente da Fábrica. 

Então, a maior parte das vendas desse material é feita diretamente pela as empresas instaladoras. O que gira em torno de 90%, no caso da Pratyc. 

Dentro desses itens, podem ocorrer algumas mudanças, pois às vezes há a exigência de algumas adequações. Contudo, é necessário que haja o suporte dos engenheiros mecânicos. Se eles autorizarem, é feita a fabricação com as alterações solicitadas.

A montagem da estruturas para painéis no telhado e em solo

A montagem varia de acordo com o tipo de usina e de telhado, afirma Abdel Junior. As usinas instaladas em telhas de fibromadeira, coloniais, metálicas e o kalhetão, geralmente podem ser chamadas de pontos de apoio ou hastes.

Em todas as estruturas para painéis, quando são vendidas em kits, a Pratyc manda sempre oito ganchos ou oito pontos de apoio por estruturas. Isso dá uma garantia maior, tanto para o integrador como para o cliente final.

Alguns fabricantes mandam somente seis (três por trilho). Contudo, com quatro deles por trilho, há uma possibilidade de distribuição melhor no telhado, não deixando o peso concentrado.

Quanto às usinas de solo, são dois pilares por estrutura e existem dois tipos de delas: a de quatro placas (uma linha) ou a de oito placas (duas linhas). Na parte de fixação, faz fundação, que no caso das quatro placas, ela é feita 40X40cm.

Com relação a de oito placas, a fundação é de um metro. Depois de colocar o pilar e e fazer a concretagem, vem a parte de parafusos, instalação das placas e os grampos. 

Todos os kits da Pratyc são compostos com perfis para apoiar as placas, os parafusos e os grampos intermediários e finais. Embora sejam vendidos completos, os clientes têm a opção de montar a estrutura dele. 

A fábrica vende peças avulsas, caso haja a necessidade de fazer uma adequação da obra, por exemplo. 

Erros mais comuns ao fixar estruturas

Um dos erros está na quantidade de ganchos para não correr o risco de forçar o telhado do cliente. Outro grande erro que pode surgir está no grampo. 

Pode acontecer de o integrador ter toda a estrutura, com o kit todo certo, mas por perder um grampo ou por alguma adequação, precisou de mais dois deles. Sendo assim,  ele faz uma adaptação arriscada. Às vezes não consegue fixar a estrutura, então prende os trilhos com arame, criando uma gambiarra. 

Outra problema é quando a equipe tenta mudar o ângulo das placas. Compram cavaletes e fazem a adequação das estruturas, buscando realizar essa inversão.

Já aconteceu de em um sistema que iria haver o uso de 10 placas, o integrador quis inverter o ângulo para ter ganho de energia. Porém, o acréscimo de uma placa já resolveria o problema, na verdade. Como resultado, o trabalho se torna mais seguro e bem feito.

Abdel informa que a garantia da estrutura para painéis é sempre válida para o tipo de projeto que ela vai suportar. Por exemplo, se a estrutura é para laje, a garantia vai cobrir apenas se ela for instalada na laje, consequentemente. Caso seja comprada para haver uma adequação, não adianta acionar a garantia. 

Esse é um risco do integrador. O que ele precisa fazer é pedir para um engenheiro assinar o projeto, o que traz o mínimo de segurança.

A garantia é acionada se o integrador usar os equipamentos e a estrutura corretamente. Portanto, ele tem a responsabilidade de fazer uma boa instalação. Caso contrário, perde esse direito.

O tempo de duração da estrutura para painéis 

O tempo de vida útil da estrutura para painéis e do sistema fotovoltaico como um todo é de 25 anos. Contudo, Abdel Júnior afirma que uma curiosidade que poucos sabem é que o alumínio tende a ficar mais resistente com o tempo. 

Sendo assim, a preocupação com as estruturas está nos três primeiros meses após a instalação. Com a usina de solo é a mesma coisa. No entanto, isso é o tempo para regiões não litorâneas, que recebem o tempo de 10 anos. 

Da mesma forma como um portão, quando a estrutura começa a desgastar, existe a necessidade de fazer uma manutenção, tirando os pontos de corrosão. Não é trocar a estrutura, mas lixar, passar um tinta, etc. 

Desse modo, é possível fazer com que a estrutura dure até mais do que 25 anos, embora seja o tempo de garantia. É preciso ter cuidados com a estrutura assim como é feito com as placas e inversores. 

Como fazer uma boa fixação das estruturas de painéis solares

Abdel Junior afirma que se existem dúvidas, é preciso ligar e perguntar. Se você sabe que algo está errado, não faça. Existem os manuais de instalação para seguir, assim o datasheet, que é importante sempre dar uma olhada. 

Se o integrador faz a instalação corretamente igual manda o manual, não ocorrerão erros. Em suma, é sempre importante ter um engenheiro civil por perto, para garantir que tudo dê certo com o telhado, por exemplo. Isso evita incêndios, acidentes, e até que as placas voem e causem danos físicos e materiais para as pessoas. 

Portanto, observe o risco de incêndio, bem como, a forma em que ligações serão feitas, para evitar problemas. O mercado sempre oferece muitas informações, em eventos como o SolarZ Summit, ou mesmo em outros canais, cursos, etc. 

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